2 oct 2012

Bragas Revolucionárias

As concentraçons de Madrid seguem a dar que falar nos falsimedios e na rede, que se a violência das manifestantes encarapuçadas, que se a resposta necessária da polícia, que se o pacifismo da maioria das manifestantes, que se patatim, que se patatám. Mas ainda há, além de tuda essa verborriea, gente com umha outra olhada aos acontecementos, e assim copiamos, traduzimos e colamos este texto, autoria de Silvia Delgado Fuentes em pelna sintonia simbiótica com o desnehador Kalvellido:

Hoje pergunto-me como é que se pode chegar a ser tam “gilipolhas”.

Resulta que istos dias vimos à gente toma-las ruas, enche-las de raiva, de proclamas furiosas, de dignidade e no meio de tudo isto, em mitade das hóstias que se derom à mãos cheias, no puto centro deste desafío, com as matilhas acossando, ávidas de demonstrar quem é quem manda, umha moça estúpida, aparece espida acostada no chã com um cartaz aos seus pés, explicando nom sei que do amor.

Obviamente tivo o seu minuto de glória. Pero nom por elo da menos nojo.

A gente agora mesmo vive com menos de nada, caem como pedradas os salários, os trabalhos, os despejos, o fame ajeja, a paz é umha quimera, medram os detidos, os feridos, os encarcerados, dam-nos canha de lado a lado com mordaça, miséria, impunidade e democracia de guerra e a umha jovem nom se lhe ocorre umha outra cousa que amostrar a sua mediocridade ensinando as suas bragas.

Anoja-me este folklorismo revolucionário.

E quiçais haverá quem diga, que foi umha heroicidade com as porras golpeando os cráneos, haverá quem diga, que é a metáfora da resistência pacífica, em fim, seguro que haverá tantos bobos como ela, pero a mim que nom me venham com contos, gente assim fode ve-la.

Poderia alguém explicar a estas pessoas que se beijam defronte às cámaras, que convidam aos polícias a se passar ao outro lado, que assobiam as bandeiras republicanas, que se desnudam ou folham ou fam quanto lhes peta, que si a gente sae às ruas com tuda esta violência às suas costas é porque está tudo vendido, é dizer, o pam, o teito, o abrigo?

Que alguém lhes explique que é um assunto moi à sério, que se querem notoriedade melhor botem polo atalho de masturbar aos tiranos.

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