28 sept 2012

A hegemonia da nom-violência

Copiada, traduzido e colado de Mislata Contrainfos

A revoluçom é impossível. O avance imparável da lógica da nom-violência fai impossível o conflito radical com o estado e os seus esbirros.

Manifestantes “pacíficxs” rodeam a um companheiro sinalándo-lhe com o dedo e acusándo-lhe de ser infiltrado, violento, etc.. por lançar um petardo. A massa inepta trata de levar ao companheiro até a polícia para provocar a sua detençom.

Este feito, sucedido antontem nas movilizaçons de Madrid do 26S, é umha tónica que se vem repitindo em todas as movilizaçons do cidadanismo no estado espanhol. O seu clímax tivo lugar com a toma de praças do 15M e continuou ao longo das convocatórias deste ano até chegar às do 25-26S. A legitimadade dos repressores que no dia anterior agrederam, coacçonaram e sequestraram às pessoas que se manifestavam nas ruas, pom em entredito os objectivos deste “movimento” paralelo ao 15M, sobradamente conhecido polos seus objectivos espectaculares e mediáticos, que longe de proponher umha alternativa real ou umha ruptura com o régime de opressom democrática demandam umha reformulaçom da política do estado do benestar e um lavado de cara do capitalismo occidental opulento.

A desobediência civil geralizada é um trunfo que como tal tem que ser reconhecido, pero ejercer a desobediência civil como mero acto estético e/ou espectacular, sem um trasfundo de vontade de mudança social, convirte-se numha legitimaçom do status quo actual. A hegemonia da nom-violência e a criminalizaçom da acçom direita som germe de cultivo para a polícia e os meios na sua laboura de recuperar para o sistema os protestos e converti-los num grotesco passaruas que pede a transpariência democrática tam pregonada pola cultura occidental, em troques de dar impulso à expressom de raiba produzida pola miséria quotidiá.

Encontramos que, se bem é-nos impossível deixar de sair às ruas para protestar contra a miséria que nos rodea e que nos pom a soga no pescoço, devemos identificar aos nossos companheiros e às nossas companheiras de luta em cada curruncho, e esta gente que protesta legitimando a quem lhe agrede, ao estado que nos oprime e a umha classe política que nos sinala com o dedo e fai mofa, som o nosso inimigo.

Fartxs da situaçom nas movilizaçons e da repressom e criminalizaçom por parte deste tipo de pessoas “movimentistas”, devemos fazer pinha e mover-nos em bloques próprios, diferenciados desta casta de masoquistas políticos com quem é-nos impossível chegar a objectivos comuns.

O incremento do protesto e a desobediência deveria, irremediavelmente, chegar a degenerar as movilizaçons pacíficas em revoltas radicais dado que a continuidade dos protestos geraria um colapso do pacto social que deviria na repressom geralizada, o que deviera gerar umha extensom da solidariedade e a extensom do conflicto social, mais ainda na situaçom actual de tardo-capitalismo em descomposiçom. Pero assumir que isto terá lugar de “per se” é dumha inocência pasmosa, dado o control absoluto da opiniom pública polos meios e o monopólio da violência que detenta o estado, apontalado polo discurso da nom-violência dos movimentos cidadanistas, tais como o 15M e similares. A pressom social contra a acçom direita, acusando a compas de infiltradxs, provocadorxs… tem provocado a disminuiçom do conflicto até niveis assumíveis polo estado como expressom legítima do povo, sem nengum tipo de repercussom geral, longe dumha marginal estética do protesto nos meios contrainformativos e vídeos na internet, e para a recuperaçom das escasas cenas de violência legítima contra os repressores nos meia como a causa das agressons policiais, que a gente assume como as culpáveis da situaçom social e da repressom por “os funcionários policiais”.

A nom-violência nom luita, pede. Pedir é autorizar a umha pessoa ou conjunto de pessoas a otorgar as tuas petiçons. Pedir é legitimar esta situaçom.

Polo fim da democracia, pola anarquia.

Original em castelá em Mislata Contrainfos

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